terça-feira, 19 de novembro de 2019


YEDA PRATES


A poeta Yeda Prates, conhecida e aplaudida nacional e internacionalmente, é mineira e reside em Belo Horizonte. Fui convidada para um almoço em seu apartamento, situado na mesma rua em que eu moro. Naquela ocasião, Yeda me presenteou com alguns livros de sua autoria. “Cercanias” é o livro que tenho nas mãos no momento e vamos falar sobre ele.

A poesia de Yeda é para ser lida devagar, meditando em cada página. É a busca da essência através da palavra, um caminho para se transcender o cotidiano e nos projetar na vastidão do imensurável.

No momento em que escrevo em minha casa do Retiro, vejo a paisagem de Minas, e o céu cheio de cores escondendo o sol.

Nos versos de Yeda, ela proclama a beleza da vida e da criação. Existe beleza nos céus de Minas, tão admirados por Guignard. Os versos da poeta também divulgam e transmitem esta beleza de nossa paisagem.

A poesia de Yeda vai nos conduzindo para um encontro feliz entre poesia, pintura, música e meditação.

Assim fala o seu poema “Na tarde”:
“A tarde mergulha na lagoa
E patos bebem, sôfregos
A luz remanescente das águas”

Com o lirismo herdado por seu sangue mineiro, ela vai nos conduzindo à suavidade das tardes, das madrugadas, das noites de lua. É neste deslumbramento que sua arte encontra a música, herança familiar de nosso grande maestro Carlos Alberto Prates. Yeda é irmã de Carlos Alberto e eu posso escutar música em seus poemas.
Ela nos revela isto em seu hai Kai “Música ao longe”

“Suas notas invadem
As pautas de minhas veias”

Em “Memória”, ela proclama a alegria de ser mãe.
Destaquei este poema porque ele traduz o sentimento de todas nós, mães:
“Memória”
“A brisa fresca da noite
Passeia pelo passado
Desmancha sombras e nuvens
Desvenda sonhos perdidos
Cinzela a pátina do tempo
Em desmedido fascínio
Entre rendas e poesia
Extasiada contemplo
Meu filho
Que acaba de nascer.”

Transformar o cotidiano em poesia é a principal mensagem que Yeda Prates me passou.

Meditando em cada página de seu livro, caminhamos juntas para um universo transcendente onde tudo é beleza, harmonia e luz.

Obrigada, Yeda, por sua mensagem de paz. Com poucas palavras você consegue tudo.

*Fotos da internet

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segunda-feira, 11 de novembro de 2019


NAVEGANTES


Este tema “Navegantes”, sempre fez parte da minha vida.

Desde adolescente, quando mudamos de casa, meu pai instalou um vitral representando uma caravela portuguesa.

Quando eu descia a escada, parava para ver a caravela. Ela brilhava ao sol da tarde e resplandecia à noite, quando acendíamos a luz.

Hoje, esta caravela está na minha casa do Retiro das Pedras e ainda posso admirá-la quando o sol se põe.

Meus quadros se apropriaram do tema “Navegantes” e a minha entrada no abstrato foi através dos barcos, dos navegantes.

Foi com este incentivo que percorri a exposição “O Rio dos navegantes”, inaugurada no Museu de Arte do Rio, o MAR, com grande sucesso.

A exposição é um documentário que vai nos revelando uma história da chegada ao Brasil desses intrépidos aventureiros do mar.

Já participei de um congresso sobre os navegantes em Goa, Índia Portuguesa, onde pude mostrar o intercâmbio de culturas realizado pelos navegantes.

Agora, no MAR, vejo a chegada deles ao Rio, trazendo objetos de arte da China, da Índia e das diversas colônias portuguesas espalhadas pelo mundo.

Os navegantes inspiraram vários artistas e entre eles sobressai um enorme painel de Caribé, com embarcações indígenas.

“O MAR, que traz em seu nome a sua cidade-sede, razão maior de sua existência, saúda os navegantes de todos os portos, culturas, crenças e formações, desejando que mais e mais visitantes aqui estejam, aportem e usufruam do patrimônio que é da sociedade, da população carioca. Bem-vindos sejam!” (Eleonora Santa Rosa, Diretora Executiva do MAR)

*Fotos da internet.

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