Artista plástica, ex-aluna de Guignard. Maria Helena Andrés tem um currículo extenso como artista, escritora e educadora, com mais de 60 anos de produção e 7 livros publicados. Neste blog, colocará seus relatos de viagens, suas reflexões e vivências cotidianas.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
4° FESTIVAL DE INVERNO DE ENTRE RIOS DE MINAS II
A cidade de Entre Rios esteve em festa entre 18 e 21 de julho, com faixas anunciando o 4º Festival de Inverno da região. Os meus balõezinhos da década de 50 serviram de ilustração para banners, camisetas e cartões. A cidade se movimentou em torno das diversas formas de arte.
Como das outras vezes, o quartel general foi a Escola Municipal Dom Oscar desativada na época de férias. No auditório das Irmãs aconteceram os shows e nas salas de aula as oficinas.
Neste blog procurei valorizar o trabalho quase anônimo da equipe de jornalismo, organizada especialmente para divulgar as atividades do festival. Numa pequena sala com quatro computadores, um grupo de jovens coordenados por Ana Carolina, atuou com maestria desde o primeiro Festival e todos os dias suas informações eram publicadas num jornalzinho. A edição diária do informativo retratou com fidelidade tudo o que ocorreu nos quatro dias do festival e merece ser disponibilizada num site ou blog, para estar acessível a todos os que, como eu, puderam participar apenas parcialmente do Evento. Destaco, entre aspas, alguns dos textos dos informativos.
Na abertura, tivemos a presença do novo presidente Antonio Eugênio de Salles Coelho que veio especialmente do Rio de Janeiro onde se encontrava de férias para ser apresentado às pessoas que ali estavam. “Antonio Eugenio ressaltou a importância da existência de eventos como o Festival, que agrega inúmeros valores sócio-culturais e formação constante no município. Ressaltou também o papel do IMHA em dar continuidade a eventos como esse, conseguindo os recursos necessários para que seja possível trabalhar ainda mais com grandes propósitos culturais na cidade e no meio rural”.
Sobre os eventos:
A abertura do Festival de Inverno apresentou o espetáculo de dança “Sertão Andaluz” com o Grupo Márcia Gelape Mutiarte. “Os passos do flamenco ao som de “Romaria” provaram que há parentesco entre a moda de viola caipira e o flamenco, trazido ao Brasil pelos povos que viviam na Andaluzia (sul da Espanha) e aqui aportaram fugindo da inquisição.”
No segundo dia foi apresentado o espetáculo “Sem palavras” com o mímico Julio Margarida. Segundo ele “um mímico é um poeta que não usa papel nem caneta. Sem palavras ele fala todas as línguas do mundo. Todos os corações presentes no auditório do Colégio compreenderam, riram e se emocionaram com o espetáculo de mímica “Sem palavras”. A inspiração foi a própria filha – quando se tornou pai, sentiu-se capaz de tudo para fazer seu bebê sorrir. A participação da platéia foi essencial no espetáculo. As crianças, em especial, envolveram-se e fizeram torcida pelo personagem Bindo. É por isto que todo dia é uma estréia e não há um espetáculo igual ao outro, confidenciou Julio.”
No terceiro dia, na Igreja de Santa Efigênia, dois grupos se apresentaram com grande sucesso. “É preciso sentir a música, colocando sentimento, cantar com gosto, cantar com a alma” nos disse Frederico Boelsums ( Tuca). O grupo cantou composições de Elomar, que preserva as cantigas rurais, do gênero caipira de raiz.”
Sobre a banda Diapasão: “Os jovens músicos Rodrigo Lana ( piano), Alexandre Andrés ( flautas), Gustavo Amaral ( baixo e violão), Leandro César ( violão) e Adriano Goyatá ( bateria e marimba) levaram ao publico sonoridades diversas com composições próprias e arranjos de compositores brasileiros que são referencia para o trabalho do grupo.” Foi um momento de encantamento.
No quarto dia, encerramento do Festival, o espetáculo “Não se diz um “sim” assim atoa” do Projeto Cine Horto Pé na Rua misturou cenas de teatro com a música de Tom Zé, abordando de forma lúdica o tema da violência contra a mulher.
A Dança da Manguara, com figurino confeccionado para o grupo do José de Arimatéia durante oficina ministrada no festival, encerrou na rua o 4° Festival de Inverno de Entre Rios de Minas.
Sobre as oficinas:
“Uma das oficinas mais requisitadas pelo Festival foi a oficina Circo, com Alexandre Marques e Luciana Zola. Alexandre ministrou também Capoeira para jovens e Luciana dança espontânea para crianças. Nesta oficina Luciana trabalha o movimento, que segundo ela, “deve vir de dentro para fora”. O intuito é fazer com que os participantes da oficina resgatem o conhecimento do próprio corpo e suas capacitações, tanto físicas quanto criativas. Quem conhece o próprio corpo conhece a si próprio, conta a professora.”
Serginho Silva ofereceu a oficina Congo Brasil e “apresentou uma variedade de instrumentos e ritmos para seus alunos. A sala de aula transformou-se num show de sons. Ao mesmo tempo, os alunos conheceram um pouco das raízes da cultura musical mineira e estabeleceram contato com seu intimo. Segundo o mestre, “a musica, como linguagem universal, também é comunicação”.
“O professor Bueno Rodriguez explicou aos alunos sobre a fisiologia do aparelho fonador e mostrou como trabalhá-lo em função do que se almeja, seja o canto ou a fala. Os alunos receberam valiosas dicas e aprenderam exercícios de aquecimento vocal, que, segundo Bueno, “são de grande valia, porque intensificam as intenções vocais segundo os anseios de cada um.”
“A Arte de representar foi ministrada por Wagner Ribeiro de Paula (o Faustão), que esteve participando pela primeira vez do Festival. A intenção da oficina foi resgatar a produção teatral de Entre Rios de Minas e tornar o teatro rotina na cultura do município.”
“A musicalização auxilia no aprendizado, pois melhora a concentração e a coordenação motora”, explicou Emerson Fonseca. “E ainda ajuda as crianças a aprender matemática, ciência que é a base da música. A resposta das crianças é sempre positiva.”
Mônica Lopes, que dirigiu a oficina de cerâmica deu o seguinte depoimento: “A argila não se presta apenas à decoração – ela nos proporciona saúde mental. O importante não e o resultado final, mas o processo em si – relaxar e se divertir, cozinhando arte e argila, com sabor de criatividade.”
*Fotos de Júlio Margarida e Pedro Fernandes
Como das outras vezes, o quartel general foi a Escola Municipal Dom Oscar desativada na época de férias. No auditório das Irmãs aconteceram os shows e nas salas de aula as oficinas.
Neste blog procurei valorizar o trabalho quase anônimo da equipe de jornalismo, organizada especialmente para divulgar as atividades do festival. Numa pequena sala com quatro computadores, um grupo de jovens coordenados por Ana Carolina, atuou com maestria desde o primeiro Festival e todos os dias suas informações eram publicadas num jornalzinho. A edição diária do informativo retratou com fidelidade tudo o que ocorreu nos quatro dias do festival e merece ser disponibilizada num site ou blog, para estar acessível a todos os que, como eu, puderam participar apenas parcialmente do Evento. Destaco, entre aspas, alguns dos textos dos informativos.
Na abertura, tivemos a presença do novo presidente Antonio Eugênio de Salles Coelho que veio especialmente do Rio de Janeiro onde se encontrava de férias para ser apresentado às pessoas que ali estavam. “Antonio Eugenio ressaltou a importância da existência de eventos como o Festival, que agrega inúmeros valores sócio-culturais e formação constante no município. Ressaltou também o papel do IMHA em dar continuidade a eventos como esse, conseguindo os recursos necessários para que seja possível trabalhar ainda mais com grandes propósitos culturais na cidade e no meio rural”.
Sobre os eventos:
A abertura do Festival de Inverno apresentou o espetáculo de dança “Sertão Andaluz” com o Grupo Márcia Gelape Mutiarte. “Os passos do flamenco ao som de “Romaria” provaram que há parentesco entre a moda de viola caipira e o flamenco, trazido ao Brasil pelos povos que viviam na Andaluzia (sul da Espanha) e aqui aportaram fugindo da inquisição.”
No segundo dia foi apresentado o espetáculo “Sem palavras” com o mímico Julio Margarida. Segundo ele “um mímico é um poeta que não usa papel nem caneta. Sem palavras ele fala todas as línguas do mundo. Todos os corações presentes no auditório do Colégio compreenderam, riram e se emocionaram com o espetáculo de mímica “Sem palavras”. A inspiração foi a própria filha – quando se tornou pai, sentiu-se capaz de tudo para fazer seu bebê sorrir. A participação da platéia foi essencial no espetáculo. As crianças, em especial, envolveram-se e fizeram torcida pelo personagem Bindo. É por isto que todo dia é uma estréia e não há um espetáculo igual ao outro, confidenciou Julio.”
No terceiro dia, na Igreja de Santa Efigênia, dois grupos se apresentaram com grande sucesso. “É preciso sentir a música, colocando sentimento, cantar com gosto, cantar com a alma” nos disse Frederico Boelsums ( Tuca). O grupo cantou composições de Elomar, que preserva as cantigas rurais, do gênero caipira de raiz.”
Sobre a banda Diapasão: “Os jovens músicos Rodrigo Lana ( piano), Alexandre Andrés ( flautas), Gustavo Amaral ( baixo e violão), Leandro César ( violão) e Adriano Goyatá ( bateria e marimba) levaram ao publico sonoridades diversas com composições próprias e arranjos de compositores brasileiros que são referencia para o trabalho do grupo.” Foi um momento de encantamento.
No quarto dia, encerramento do Festival, o espetáculo “Não se diz um “sim” assim atoa” do Projeto Cine Horto Pé na Rua misturou cenas de teatro com a música de Tom Zé, abordando de forma lúdica o tema da violência contra a mulher.
A Dança da Manguara, com figurino confeccionado para o grupo do José de Arimatéia durante oficina ministrada no festival, encerrou na rua o 4° Festival de Inverno de Entre Rios de Minas.
Sobre as oficinas:
“Uma das oficinas mais requisitadas pelo Festival foi a oficina Circo, com Alexandre Marques e Luciana Zola. Alexandre ministrou também Capoeira para jovens e Luciana dança espontânea para crianças. Nesta oficina Luciana trabalha o movimento, que segundo ela, “deve vir de dentro para fora”. O intuito é fazer com que os participantes da oficina resgatem o conhecimento do próprio corpo e suas capacitações, tanto físicas quanto criativas. Quem conhece o próprio corpo conhece a si próprio, conta a professora.”
Serginho Silva ofereceu a oficina Congo Brasil e “apresentou uma variedade de instrumentos e ritmos para seus alunos. A sala de aula transformou-se num show de sons. Ao mesmo tempo, os alunos conheceram um pouco das raízes da cultura musical mineira e estabeleceram contato com seu intimo. Segundo o mestre, “a musica, como linguagem universal, também é comunicação”.
“O professor Bueno Rodriguez explicou aos alunos sobre a fisiologia do aparelho fonador e mostrou como trabalhá-lo em função do que se almeja, seja o canto ou a fala. Os alunos receberam valiosas dicas e aprenderam exercícios de aquecimento vocal, que, segundo Bueno, “são de grande valia, porque intensificam as intenções vocais segundo os anseios de cada um.”
“A Arte de representar foi ministrada por Wagner Ribeiro de Paula (o Faustão), que esteve participando pela primeira vez do Festival. A intenção da oficina foi resgatar a produção teatral de Entre Rios de Minas e tornar o teatro rotina na cultura do município.”
“A musicalização auxilia no aprendizado, pois melhora a concentração e a coordenação motora”, explicou Emerson Fonseca. “E ainda ajuda as crianças a aprender matemática, ciência que é a base da música. A resposta das crianças é sempre positiva.”
Mônica Lopes, que dirigiu a oficina de cerâmica deu o seguinte depoimento: “A argila não se presta apenas à decoração – ela nos proporciona saúde mental. O importante não e o resultado final, mas o processo em si – relaxar e se divertir, cozinhando arte e argila, com sabor de criatividade.”
*Fotos de Júlio Margarida e Pedro Fernandes
domingo, 25 de julho de 2010
4° FESTIVAL DE INVERNO DE ENTRE RIOS DE MINAS I
Abaixo o depoimento do Maurício sobre o 4° Festival de Inverno de Entre Rios de Minas:
"Acabo de retornar de Entre Rios depois do 4º. Festival de inverno e parabenizo a equipe do IMHA pela realização do evento, especialmente Ivana, Luciano, Simone e Ana Carolina.
Houve uma linha de ligação entre as varias atividades, que foi a busca de resgate de raízes culturais e históricas: isso esteve presente desde a abertura, com a pesquisa sobre como vieram povoar o sertão antigas tradições da Andaluzia, por sua vez originadas na Índia.
Essa dimensão histórica também inspira o grupo de Cantigas do Estradar que resgata a tradição musical regional. E aqui vale notar que o festival já dá fruto, pois vários de seus jovens integrantes iniciaram seus estudos nos festivais anteriores.
A oficina e a mesa redonda coordenada por Niniza sobre a história de Entre Rios também buscam conhecer melhor sobre a origem e evolução da cidade, algo muito importante nesse momento em que a região toda passa por grandes transformações industriais e econômicas. Um projeto de livro e futuro centro de memória de Entre Rios seriam muito bem vindos.
Por ultimo, o encerramento com a dança do velame - manguara da mazurca também mostra o encontro da antiga cultura indígena regional com os migrantes alemães que se fixaram na região e a integração com oficina que produziu as indumentárias para o grupo.
Destaques pela sua qualidade para a música do grupo Diapasão; o espetáculo de teatro de rua do Galpão Cine Horto; a sempre simpática e bem humorada participação de Julio Margarida, dessa vez com um espetáculo de mímica.
A premiação de petiscos da terra também valoriza a cultura culinária local e estimula a melhoria de sua qualidade.
Está na hora do Festival de inverno expandir-se e levar seus benefícios para outras cidades na região dos Campos das Vertentes."
* Fotos: Maurício Andrés e Antônio Eugênio Salles Coelho
"Acabo de retornar de Entre Rios depois do 4º. Festival de inverno e parabenizo a equipe do IMHA pela realização do evento, especialmente Ivana, Luciano, Simone e Ana Carolina.
Houve uma linha de ligação entre as varias atividades, que foi a busca de resgate de raízes culturais e históricas: isso esteve presente desde a abertura, com a pesquisa sobre como vieram povoar o sertão antigas tradições da Andaluzia, por sua vez originadas na Índia.
Essa dimensão histórica também inspira o grupo de Cantigas do Estradar que resgata a tradição musical regional. E aqui vale notar que o festival já dá fruto, pois vários de seus jovens integrantes iniciaram seus estudos nos festivais anteriores.
A oficina e a mesa redonda coordenada por Niniza sobre a história de Entre Rios também buscam conhecer melhor sobre a origem e evolução da cidade, algo muito importante nesse momento em que a região toda passa por grandes transformações industriais e econômicas. Um projeto de livro e futuro centro de memória de Entre Rios seriam muito bem vindos.
Por ultimo, o encerramento com a dança do velame - manguara da mazurca também mostra o encontro da antiga cultura indígena regional com os migrantes alemães que se fixaram na região e a integração com oficina que produziu as indumentárias para o grupo.
Destaques pela sua qualidade para a música do grupo Diapasão; o espetáculo de teatro de rua do Galpão Cine Horto; a sempre simpática e bem humorada participação de Julio Margarida, dessa vez com um espetáculo de mímica.
A premiação de petiscos da terra também valoriza a cultura culinária local e estimula a melhoria de sua qualidade.
Está na hora do Festival de inverno expandir-se e levar seus benefícios para outras cidades na região dos Campos das Vertentes."
* Fotos: Maurício Andrés e Antônio Eugênio Salles Coelho
sexta-feira, 16 de julho de 2010
ALEXANDRE ANDRÉS E O GRUPO QUEBRA PEDRA
Uma experiência de integração de dois grupos musicais de BH trouxe para a platéia da sala Juvenal Dias no Palácio das Artes um espetáculo inédito.
Dois grupos jovens, Alexandre Andrés e o grupo Quebra Pedra de Leonora Weissmann já com características próprias, buscaram alcançar o que tem de comum neste encontro de vozes e criar uma nova composição musical.
A música é, de todas as artes, a que mais se integra com o outro em busca de complementação e é justamente desta busca e deste encontro que surge a beleza de um concerto, de uma orquestra, de uma banda. Conjugar energias para o crescimento do grupo pressupõe amadurecimento e humildade.
Neste diálogo criativo é necessário que haja entre os músicos a consciência da unidade na multiplicidade que é o objetivo final de tudo que existe no planeta.
O resultado desta experiência em torno da música e da canção brasileira, onde várias linguagens se agregam, é de uma riqueza extraordinária.
Alexandre Andrés vem desenvolvendo um trabalho criativo intenso, tanto na música instrumental quanto nas canções, feitas em parceria com o letrista Bernardo Maranhão e registradas no seu primeiro CD “Agualuz”. Nesse trabalho autoral ele conta com a participação do baixista Gustavo Amaral, e do percussionista Adriano Goyatá. O CD já percorre o Brasil num caminho de sucesso, e Alexandre apesar de jovem já é considerado como um compositor de alta qualidade.
Alexandre tem seu estúdio numa fazenda no campo das Vertentes, município de Entre Rios de Minas.
Os pais de Alexandre são músicos famosos, apresentam-se nos palcos brasileiros e internacionais levando um pouco da vibração das paisagens mineiras para outras terras. Artur e Regina encontraram na “Fazenda das Macieiras” o lugar adequado para suas criações musicais e agora o jovem Alexandre também se inspira na poesia do Campo das Vertentes. Assisti a um ensaio dos jovens músicos no galpão onde Artur e Regina também fazem seus ensaios e percebi nos bastidores da arte a força e a serenidade necessárias a um trabalho de qualidade.
A música deste grupo de jovens vai surgindo neste recanto de Minas, lugar onde à noite pode se ouvir o zumbido dos insetos e o coaxar dos sapos. A música faz parte da história dessa região e até hoje se manifesta em novas vocações que vão surgindo. Ali podemos ver as veredas e os “corguinhos vários” de Guimarães Rosa homenageado por Alexandre e Bernardo Maranhão com o titulo Rosa do CD Água Luz. As terras e os costumes dessa região de Minas têm muita coisa em comum com o sertão de Guimarães Rosa as terras se assemelham e se continuam
“E há o riacho ávido, corguinhos vários, grégio o gado pastando. Após o escurecer, vão-se assim vaga-lumes ou o assombravel luar ou o céu se impõe de estrelas. Às duas margens da noite, totais grilos e a simultaneidade dos sapos, depois e antes do em-si-estremecer das cigarras”. Alexandre é leitor de Guimarães Rosa, e compõe sua musica no Campo das Vertentes que é um começo do sertão.
A contemplação de tudo isso é gratuita, não existe necessariamente a posse da natureza. Tudo que existe de mais belo no mundo é de graça, não precisamos comprar um pedaço de céu para ver as estrelas, nem ser proprietário do por-do-sol para admirá-lo
O grupo Quebra Pedra apresentou seu primeiro CD com a participação de Leonora Weissmann (voz) juntamente com Rafael Martini (piano e voz), os dois percussionistas: Mateus, Edson e o baixista Pedro.
O primeiro CD do grupo está começando um caminho de sucesso. Ali várias linguagens musicais brasileiras e mundiais se encontram sintonizando influencias ainda não ouvidas na canção brasileira. Alexandre lançou o CD Agualuz em 2008 e por sua vez Leonora também lançou em 2008 seu primeiro CD no mesmo ano. Os dois grupos de jovens começaram a se encontrar e perceber afinidades.
Assim como Alexandre, Leonora também pertence a uma família de artistas. Sobrinha de Frans Weissmann, filha de Selma Weissmann e Manuel Serpa, ela cresceu no meio das artes.
Como artista plástica sua carreira já está delineada com exposições em S.Paulo ,Belo Horizonte,e uma participação num encontro de jovens artistas na África . Hoje, ela toma direções mais abrangentes em sua relação Arte e Vida,realizando a síntese das artes em seu dia a dia: pratica ioga, faz meditação e sabe conjugar duas linguagens diferentes a música, arte do tempo, e a pintura arte do espaço.
O desenvolvimento de vários aspectos da personalidade auxilia na abertura de consciência e Leonora intuitivamente percebe esta ligação da arte com a vida.
A comunicação feita com o grupo de Alexandre mostra uma possibilidade nova para esses jovens, surgindo como o canto dos pássaros na arte brasileira, numa verdadeira floresta de sons que mostram a interdependência de todas as coisas. Entre violões, guitarras piano, vozes, baixos, tambores, percussão, os dois grupos se apresentam debaixo de aplausos.
Neste momento a música e a vida são integradas numa só voz.
*Fotos: Silvio Coutinho e outros
Dois grupos jovens, Alexandre Andrés e o grupo Quebra Pedra de Leonora Weissmann já com características próprias, buscaram alcançar o que tem de comum neste encontro de vozes e criar uma nova composição musical.
A música é, de todas as artes, a que mais se integra com o outro em busca de complementação e é justamente desta busca e deste encontro que surge a beleza de um concerto, de uma orquestra, de uma banda. Conjugar energias para o crescimento do grupo pressupõe amadurecimento e humildade.
Neste diálogo criativo é necessário que haja entre os músicos a consciência da unidade na multiplicidade que é o objetivo final de tudo que existe no planeta.
O resultado desta experiência em torno da música e da canção brasileira, onde várias linguagens se agregam, é de uma riqueza extraordinária.
Alexandre Andrés vem desenvolvendo um trabalho criativo intenso, tanto na música instrumental quanto nas canções, feitas em parceria com o letrista Bernardo Maranhão e registradas no seu primeiro CD “Agualuz”. Nesse trabalho autoral ele conta com a participação do baixista Gustavo Amaral, e do percussionista Adriano Goyatá. O CD já percorre o Brasil num caminho de sucesso, e Alexandre apesar de jovem já é considerado como um compositor de alta qualidade.
Alexandre tem seu estúdio numa fazenda no campo das Vertentes, município de Entre Rios de Minas.
Os pais de Alexandre são músicos famosos, apresentam-se nos palcos brasileiros e internacionais levando um pouco da vibração das paisagens mineiras para outras terras. Artur e Regina encontraram na “Fazenda das Macieiras” o lugar adequado para suas criações musicais e agora o jovem Alexandre também se inspira na poesia do Campo das Vertentes. Assisti a um ensaio dos jovens músicos no galpão onde Artur e Regina também fazem seus ensaios e percebi nos bastidores da arte a força e a serenidade necessárias a um trabalho de qualidade.
A música deste grupo de jovens vai surgindo neste recanto de Minas, lugar onde à noite pode se ouvir o zumbido dos insetos e o coaxar dos sapos. A música faz parte da história dessa região e até hoje se manifesta em novas vocações que vão surgindo. Ali podemos ver as veredas e os “corguinhos vários” de Guimarães Rosa homenageado por Alexandre e Bernardo Maranhão com o titulo Rosa do CD Água Luz. As terras e os costumes dessa região de Minas têm muita coisa em comum com o sertão de Guimarães Rosa as terras se assemelham e se continuam
“E há o riacho ávido, corguinhos vários, grégio o gado pastando. Após o escurecer, vão-se assim vaga-lumes ou o assombravel luar ou o céu se impõe de estrelas. Às duas margens da noite, totais grilos e a simultaneidade dos sapos, depois e antes do em-si-estremecer das cigarras”. Alexandre é leitor de Guimarães Rosa, e compõe sua musica no Campo das Vertentes que é um começo do sertão.
A contemplação de tudo isso é gratuita, não existe necessariamente a posse da natureza. Tudo que existe de mais belo no mundo é de graça, não precisamos comprar um pedaço de céu para ver as estrelas, nem ser proprietário do por-do-sol para admirá-lo
O grupo Quebra Pedra apresentou seu primeiro CD com a participação de Leonora Weissmann (voz) juntamente com Rafael Martini (piano e voz), os dois percussionistas: Mateus, Edson e o baixista Pedro.
O primeiro CD do grupo está começando um caminho de sucesso. Ali várias linguagens musicais brasileiras e mundiais se encontram sintonizando influencias ainda não ouvidas na canção brasileira. Alexandre lançou o CD Agualuz em 2008 e por sua vez Leonora também lançou em 2008 seu primeiro CD no mesmo ano. Os dois grupos de jovens começaram a se encontrar e perceber afinidades.
Assim como Alexandre, Leonora também pertence a uma família de artistas. Sobrinha de Frans Weissmann, filha de Selma Weissmann e Manuel Serpa, ela cresceu no meio das artes.
Como artista plástica sua carreira já está delineada com exposições em S.Paulo ,Belo Horizonte,e uma participação num encontro de jovens artistas na África . Hoje, ela toma direções mais abrangentes em sua relação Arte e Vida,realizando a síntese das artes em seu dia a dia: pratica ioga, faz meditação e sabe conjugar duas linguagens diferentes a música, arte do tempo, e a pintura arte do espaço.
O desenvolvimento de vários aspectos da personalidade auxilia na abertura de consciência e Leonora intuitivamente percebe esta ligação da arte com a vida.
A comunicação feita com o grupo de Alexandre mostra uma possibilidade nova para esses jovens, surgindo como o canto dos pássaros na arte brasileira, numa verdadeira floresta de sons que mostram a interdependência de todas as coisas. Entre violões, guitarras piano, vozes, baixos, tambores, percussão, os dois grupos se apresentam debaixo de aplausos.
Neste momento a música e a vida são integradas numa só voz.
*Fotos: Silvio Coutinho e outros
sábado, 10 de julho de 2010
A VOLTA AO MUNDO COM BETTINE CLEMEN
Conheci Bettine Clemen, quando ela passou uma temporada em Minas Gerais atendendo a um convite do Palácio das Artes, para ali participar como flautista da Orquestra Sinfônica. Bettine nasceu na Baviera, hoje mora em Salsburg, terra de Mozart. As montanhas de Minas se assemelham aos Alpes e talvez seja por isso que a jovem flautista escolheu Minas Gerais pra residir por algum tempo. Lá em Salsburg a neve desenha o limite entre a terra e o céu, mas o azul de lá é tão intenso quanto o de cá.
Terra de músicos, Salsburg acolheu Bettine como um ponto de parada para suas múltiplas viagens pelo mundo, carregando em sua bagagem uma variedade de flautas. Bettine é uma artista que busca a união do planeta através da música, apresentando-se nos palcos iluminados dos navios internacionais. Muito loira, vestida de traje a rigor, ela brilha como uma estrela no meio do mar.Quando morou no Retiro das Pedras, tornou-se minha amiga, e esta amizade ainda perdura até hoje.De vez em quando, recebo um email de um navio e sei que Battine está por perto, na costa brasileira.
“Vou deixar minhas malas no Rio, dentro do navio, tenho dois dias, quero rever os amigos de Minas”.
Quando chega, distribui alegria e entusiasmo, trazendo CDs e vídeos de suas viagens. Um de seus vídeos merece ser visto porque conta a história de Bettine, defensora e amiga dos animais. Ali podemos ouvi-la tocar e também apreciá-la junto aos animais ferozes, completamente harmonizados pela magia de sua flauta. Bettine foi percorrendo o mundo e tocando flauta para tigres, elefantes, cobras, girafas. Percorreu lugares onde o turista comum nunca teve entrada, levando a mensagem não verbal de que o mundo é uma única família e os animais são nossos amigos.
Bettine Clemen tem um currículo internacional como solista ativa, gravando para orquestras de vários paises . Sua carreira começou cedo, participando de orquestras de prestígio, tais como “Munich Bach Orquestra”, “Praga Radio Orquestra” e a “Orquestra de Mozart de Salsburg”. Em 1978, residindo em Minas Gerais como flautista da Orquestra Sinfônica, ela se encantou com as florestas tropicais que exerceram grande influência sobre suas composições. “Canção de Amor para um Planeta” foi inspirada na floresta Amazônica. Publicou vários álbuns tais como: “Abra seus ouvidos ao Amor”, “Forever’, “Echoes of Life” Levou sua música transcendental a vários recantos do planeta, desde lugares de prestígio como o’ Royal Albert Hall” em Londres e o “Lincoln Center” em New York, até o Extremo Oriente como Xangai e Pequim.
Em 2000 obteve permissão para tocar sua flauta na antiga cidade de Petra, na Jordânia, onde foi protagonista do vídeo entitulado “Bettine e a magia de Petra”.
Ela acredita no poder de cura e transcendência da música como um canal para se alcançar o estado de plenitude tão necessária ao nosso mundo de violência e guerras.
Aqui apresentamos Bettine como grande artista e grande figura humana.
*Fotos enviadas por Bettine Clemen
Terra de músicos, Salsburg acolheu Bettine como um ponto de parada para suas múltiplas viagens pelo mundo, carregando em sua bagagem uma variedade de flautas. Bettine é uma artista que busca a união do planeta através da música, apresentando-se nos palcos iluminados dos navios internacionais. Muito loira, vestida de traje a rigor, ela brilha como uma estrela no meio do mar.Quando morou no Retiro das Pedras, tornou-se minha amiga, e esta amizade ainda perdura até hoje.De vez em quando, recebo um email de um navio e sei que Battine está por perto, na costa brasileira.
“Vou deixar minhas malas no Rio, dentro do navio, tenho dois dias, quero rever os amigos de Minas”.
Quando chega, distribui alegria e entusiasmo, trazendo CDs e vídeos de suas viagens. Um de seus vídeos merece ser visto porque conta a história de Bettine, defensora e amiga dos animais. Ali podemos ouvi-la tocar e também apreciá-la junto aos animais ferozes, completamente harmonizados pela magia de sua flauta. Bettine foi percorrendo o mundo e tocando flauta para tigres, elefantes, cobras, girafas. Percorreu lugares onde o turista comum nunca teve entrada, levando a mensagem não verbal de que o mundo é uma única família e os animais são nossos amigos.
Bettine Clemen tem um currículo internacional como solista ativa, gravando para orquestras de vários paises . Sua carreira começou cedo, participando de orquestras de prestígio, tais como “Munich Bach Orquestra”, “Praga Radio Orquestra” e a “Orquestra de Mozart de Salsburg”. Em 1978, residindo em Minas Gerais como flautista da Orquestra Sinfônica, ela se encantou com as florestas tropicais que exerceram grande influência sobre suas composições. “Canção de Amor para um Planeta” foi inspirada na floresta Amazônica. Publicou vários álbuns tais como: “Abra seus ouvidos ao Amor”, “Forever’, “Echoes of Life” Levou sua música transcendental a vários recantos do planeta, desde lugares de prestígio como o’ Royal Albert Hall” em Londres e o “Lincoln Center” em New York, até o Extremo Oriente como Xangai e Pequim.
Em 2000 obteve permissão para tocar sua flauta na antiga cidade de Petra, na Jordânia, onde foi protagonista do vídeo entitulado “Bettine e a magia de Petra”.
Ela acredita no poder de cura e transcendência da música como um canal para se alcançar o estado de plenitude tão necessária ao nosso mundo de violência e guerras.
Aqui apresentamos Bettine como grande artista e grande figura humana.
*Fotos enviadas por Bettine Clemen
quinta-feira, 1 de julho de 2010
VISITANDO ESCOLAS DE KRISHNAMURTI
Nas escolas de Krishnamurti,onde fui convidada a proferir palestras sobre cultura brasileira, encontramos um programa educacional que visa a preparar o jovem para atuar no seu meio de forma consciente. O aprendizado envolve tarefas do dia-a-dia, feitas com plena atenção e responsabilidade, aliadas ao esporte, caminhadas e toda a sorte de artesanato.
“O propósito, o objetivo e o direcionamento destas escolas é o de preparar a criança, com a maior competência tecnológica, para que ela possa atuar com clareza e eficiência no mundo moderno, e, o mais importante, criar um ambiente adequado para ela se desenvolver como um ser humano total” (Krishnamurti)
As principais características da filosofia educacional das escolas de Krishnamurti podem se resumir nos seguintes princípios.
1) Educar o ser humano como um todo;
2) Despertar o amor pela natureza e respeito por todas as formas de vida;
3) Criar uma atmosfera de amor e ordem sem medo ou falta de limite;
4) Não condicionar a criança a nenhuma crença particular, seja ela religiosa política ou social. Sua mente deverá estar livre para indagar sobre as questões fundamentais da vida, aprendendo por si mesma;
5) Ensinar sem o objetivo de recompensa, punição ou comparação.
Krishnamurti enfatizava em suas palestras a importância de manter a mente em constante estado de aprendizado, sempre receptiva, para perceber o novo que surge a cada instante, e não cristalizada no passado. O incentivo dado a essa atenção ao momento presente conduz o aluno a uma curiosidade de aprender de forma direta e se interessar por tudo o que vem acontecendo no planeta.
Krishnamurti sempre ressaltou a importância do auto-conhecimento em todas as situações do dia-a-dia, tanto do aluno como do professor. É de dentro de si mesmo que a criança vai buscar o seu caminho para atuar no mundo com plena consciência. O professor deixa de ser aquela figura autoritária, para compartilhar com o aluno suas descobertas, estimulando-o a chegar às suas próprias conclusões.
Durante minhas viagens, sempre permanecia algum tempo no KFI (Krishnamurti Foundation Índia), em diferentes cidades como Madras (atualmente Chennai), Benares e Uttar Kashi. Nesses centros de divulgação de livros e vídeos de Krishnamurti, qualquer pessoa encontra receptividade, desde que esteja seriamente interessada no aprendizado de suas idéias. Existem vários centros de divulgação da obra de Krishnamurti espalhados pelo mundo, na Índia, EUA, Inglaterra, Suíça e em Tiradentes, no Brasil.
Jiddu Krishnamurti nasceu na Índia, mas foi educado na Inglaterra. Seus ensinamentos destinam-se ao mundo e podem ser apreendidos por qualquer pessoa que já esteja preparada para ser seu próprio mestre.
Falando ao ar livre para um grupo de jovens, Krishnmaurti se assemelhava ao filósofo grego Sócrates, nascido 470 anos antes de Cristo. Ambos tiveram a mesma atitude corajosa para apontar os erros do apego às tradições religiosas e aos costumes da sociedade.
De Sócrates recolhemos algumas citações:
Sábio é aquele que conhece os limites de sua própria ignorância.
Todo o meu saber consiste em saber que nada sei.
Conhece-te a ti mesmo e conhecereis o universo de Deus.
Sócrates estudava a essência da alma humana, seu método de transmitir sabedoria era o diálogo. Os ensinamentos de Sócrates, dirigidos sempre para o auto-conhecimento se aproximam de forma direta dos ensinamentos de Krishnmaurti. Tanto Sócrates como Krisnhmaurti amavam a natureza e suas aulas eram administradas debaixo de árvores.
* Fotos baixadas da internet
“O propósito, o objetivo e o direcionamento destas escolas é o de preparar a criança, com a maior competência tecnológica, para que ela possa atuar com clareza e eficiência no mundo moderno, e, o mais importante, criar um ambiente adequado para ela se desenvolver como um ser humano total” (Krishnamurti)
As principais características da filosofia educacional das escolas de Krishnamurti podem se resumir nos seguintes princípios.
1) Educar o ser humano como um todo;
2) Despertar o amor pela natureza e respeito por todas as formas de vida;
3) Criar uma atmosfera de amor e ordem sem medo ou falta de limite;
4) Não condicionar a criança a nenhuma crença particular, seja ela religiosa política ou social. Sua mente deverá estar livre para indagar sobre as questões fundamentais da vida, aprendendo por si mesma;
5) Ensinar sem o objetivo de recompensa, punição ou comparação.
Krishnamurti enfatizava em suas palestras a importância de manter a mente em constante estado de aprendizado, sempre receptiva, para perceber o novo que surge a cada instante, e não cristalizada no passado. O incentivo dado a essa atenção ao momento presente conduz o aluno a uma curiosidade de aprender de forma direta e se interessar por tudo o que vem acontecendo no planeta.
Krishnamurti sempre ressaltou a importância do auto-conhecimento em todas as situações do dia-a-dia, tanto do aluno como do professor. É de dentro de si mesmo que a criança vai buscar o seu caminho para atuar no mundo com plena consciência. O professor deixa de ser aquela figura autoritária, para compartilhar com o aluno suas descobertas, estimulando-o a chegar às suas próprias conclusões.
Durante minhas viagens, sempre permanecia algum tempo no KFI (Krishnamurti Foundation Índia), em diferentes cidades como Madras (atualmente Chennai), Benares e Uttar Kashi. Nesses centros de divulgação de livros e vídeos de Krishnamurti, qualquer pessoa encontra receptividade, desde que esteja seriamente interessada no aprendizado de suas idéias. Existem vários centros de divulgação da obra de Krishnamurti espalhados pelo mundo, na Índia, EUA, Inglaterra, Suíça e em Tiradentes, no Brasil.
Jiddu Krishnamurti nasceu na Índia, mas foi educado na Inglaterra. Seus ensinamentos destinam-se ao mundo e podem ser apreendidos por qualquer pessoa que já esteja preparada para ser seu próprio mestre.
Falando ao ar livre para um grupo de jovens, Krishnmaurti se assemelhava ao filósofo grego Sócrates, nascido 470 anos antes de Cristo. Ambos tiveram a mesma atitude corajosa para apontar os erros do apego às tradições religiosas e aos costumes da sociedade.
De Sócrates recolhemos algumas citações:
Sábio é aquele que conhece os limites de sua própria ignorância.
Todo o meu saber consiste em saber que nada sei.
Conhece-te a ti mesmo e conhecereis o universo de Deus.
Sócrates estudava a essência da alma humana, seu método de transmitir sabedoria era o diálogo. Os ensinamentos de Sócrates, dirigidos sempre para o auto-conhecimento se aproximam de forma direta dos ensinamentos de Krishnmaurti. Tanto Sócrates como Krisnhmaurti amavam a natureza e suas aulas eram administradas debaixo de árvores.
* Fotos baixadas da internet
Assinar:
Postagens (Atom)