quinta-feira, 7 de março de 2024

HELIO OITICICA NO CCBB

 



Ontem fomos visitar a exposição de Hélio Oiticica-delirium ambulatorium,  no CCBB de Belo Horizonte, que teve a curadoria de Moacir dos Anjos.

Era o último dia da exposição e eu não poderia perder a chance de visita-la.

Hélio e Lígia Clark foram pioneiros da arte contemporânea no Brasil.  Uma arte que ultrapassa os limites de todas as experiências anteriores. Abriram as portas da arte para um espaço mais amplo e proporcionaram aos artistas novas experiências.

Os artistas atuais muito devem a esses dois aventureiros. Gosto de ver a arte expandida e suas aventuras.

A exposição ocupou todo o espaço do terceiro andar, apresentando as diversas experiências de Hélio Oiticica com os Metaesquemas, realizados na década de 1950;  os Bilaterais,  Relevos espaciais, Núcleos, Penetráveis e Bólides, dos anos de 1960 e, ainda,  as Capas e Parangolés, bem como os projetos Cães de Caça e Magic Squares, concebidos na década de 1970.

Começamos pelos primeiros quadros pequenos, dentro do concretismo proposto na época. São figuras geométricas dispostas em forma construtiva.

O concretismo propunha rigor e pode-se observar a necessidade que Hélio Oiticica tinha de transpor limites, direcionando-se para as propostas relacionais do neoconcretismo que incluíam o expectador/participante na obra de arte.

Vieram buscas no campo da construção e aí pode-se ver um desejo do artista de construir pirâmides ancestrais. São maquetes de esculturas de palácios e de construções.

As possibilidades se ampliaram e foi possível à imaginação navegar de forma mais livre.

Daí surgiram castelos e labirintos, onde o espectador interage com a obra e se sente livre para descobrir novos caminhos.

Hélio Oiticica promoveu caminhos novos, como o espírito dos navegantes do passado. Ele descobriu novos processos e experiências no campo estendido da arte, dialogando com o samba, o carnaval, as performances, as ruas e a arquitetura urbana.

Sua arte investiga a cidade do Rio de Janeiro onde morou. Da pobreza das favelas aos coloridos Parangolés, tudo respira o novo, o olhar atento para o futuro.

Foi um artista importante durante o seu percurso no nosso planeta e nos projetou para o futuro.

Aprendi muito com Hélio Oiticica.

 

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